Quando estamos tristes, costumamos ficar idealizando amores perfeitos, paraísos, ilusões e tantas milhões de coisas sobre as quais não convém falar agora. Mas a grande verdade é que todas as coisas que a gente idealiza nessas horas nada mais são do que nosso subconsciente pedindo socorro.
Sim, porque é normal se sentir triste às vezes; e na verdade isso até é saudável se essa tristeza não for tão intensa que te leve ao fundo do poço umas mil e quinhentas vezes por dia. Quando isso acontece, essa tristeza se chama amor não correspondido. Ou talvez sim, correspondido. Mas não da forma como gostaríamos que fosse.
Às vezes é comum ficar triste, mas a tristeza pode ser uma saudade de algo que talvez nunca tenha existido. Nessas horas, é normal sentir uma vontade súbita de gritar para ver se alguém está ali por nós. Mas mais normal ainda é sentir vontade de ter alguém ali sem precisar gritar. Porque na grande maioria das vezes em que isso acontece estamos tão desesperados que o nosso grito é interno. E o grito interno é a forma mais ridícula e obscura de sentir-se vivo, pois ele corrói muito mais do que as cordas vocais. Ele corrói a alma.
E é comum também sorrir de forma tímida quando se tem a alma corroída em dor e gritos interiorizados, que estão ali há tanto tempo que a dor chega a ser gostosa. E quando ela desaparece, mesmo que por segundos no sorriso da pessoa amada, a gente até sente falta daquela dor pra poder se expressar. Porque é tão comum se acostumar com a dor quando ela é só nossa e não dividimos com ninguém, mas tão comum, que é dela que precisamos para obter um pouco de inspiração. Eu sei bem como é. Muito já senti o gosto amargo da solidão e também já senti que o vazio era tão intenso que ecoava dentro do meu próprio pensamento. Mais do que isso, ecoava dentro do meu ser mais profundo.
Talvez essa dor se resolvesse com meia dúzia de palavras amigas. Mas, de onde poderiam vir, se muitas vezes nossa melhor amiga é a dor, acompanhada de um cigarro?
Essa solidão é a união do eu com o meu pensamento. Juntos, somos infalíveis. Juntos, somos destrutivos com tamanha profundidade, que estamos vazios mesmo quando amamos de todo o coração. Essa solidão faz parte de uma trajetória de amores eternos não correspondidos, com uma pitada de ilusão, e uma profunda dor da separação repetida mil vezes com a mesma pessoa, e mais mil com aquela que parecia nos valorizar por aquilo que realmente somos.
Mas como mudar a trajetória de um coração que ama tanto que prefere morrer no silêncio pra não magoar? Como mudar a trajetória de um coração infeliz, e ao mesmo tempo sonhador? Como mudar a trajetória de um coração que ama o silêncio, mesmo quando ele vem apenas atormentar? Como dizia meu querido Caio Fernando Abreu:
Sim, porque é normal se sentir triste às vezes; e na verdade isso até é saudável se essa tristeza não for tão intensa que te leve ao fundo do poço umas mil e quinhentas vezes por dia. Quando isso acontece, essa tristeza se chama amor não correspondido. Ou talvez sim, correspondido. Mas não da forma como gostaríamos que fosse.
Às vezes é comum ficar triste, mas a tristeza pode ser uma saudade de algo que talvez nunca tenha existido. Nessas horas, é normal sentir uma vontade súbita de gritar para ver se alguém está ali por nós. Mas mais normal ainda é sentir vontade de ter alguém ali sem precisar gritar. Porque na grande maioria das vezes em que isso acontece estamos tão desesperados que o nosso grito é interno. E o grito interno é a forma mais ridícula e obscura de sentir-se vivo, pois ele corrói muito mais do que as cordas vocais. Ele corrói a alma.
E é comum também sorrir de forma tímida quando se tem a alma corroída em dor e gritos interiorizados, que estão ali há tanto tempo que a dor chega a ser gostosa. E quando ela desaparece, mesmo que por segundos no sorriso da pessoa amada, a gente até sente falta daquela dor pra poder se expressar. Porque é tão comum se acostumar com a dor quando ela é só nossa e não dividimos com ninguém, mas tão comum, que é dela que precisamos para obter um pouco de inspiração. Eu sei bem como é. Muito já senti o gosto amargo da solidão e também já senti que o vazio era tão intenso que ecoava dentro do meu próprio pensamento. Mais do que isso, ecoava dentro do meu ser mais profundo.
Talvez essa dor se resolvesse com meia dúzia de palavras amigas. Mas, de onde poderiam vir, se muitas vezes nossa melhor amiga é a dor, acompanhada de um cigarro?
Essa solidão é a união do eu com o meu pensamento. Juntos, somos infalíveis. Juntos, somos destrutivos com tamanha profundidade, que estamos vazios mesmo quando amamos de todo o coração. Essa solidão faz parte de uma trajetória de amores eternos não correspondidos, com uma pitada de ilusão, e uma profunda dor da separação repetida mil vezes com a mesma pessoa, e mais mil com aquela que parecia nos valorizar por aquilo que realmente somos.
Mas como mudar a trajetória de um coração que ama tanto que prefere morrer no silêncio pra não magoar? Como mudar a trajetória de um coração infeliz, e ao mesmo tempo sonhador? Como mudar a trajetória de um coração que ama o silêncio, mesmo quando ele vem apenas atormentar? Como dizia meu querido Caio Fernando Abreu:
“me interna, to infeliz pra caralho”.
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